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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Pelo Mundo: Petra, Jordânia

O Mosteiro Ad-Deir acima de Petra. Foto: Antrocivitas



Petra



As montanhas gigantes vermelhas e vastos mausoléus de uma raça extinta nada têm em comum com a civilização moderna e nada mais suscitam a não ser contemplação pelo seu valor genuíno: uma das maiores maravilhas da Natureza e do Homem.

Não obstante muito se escrever sobre Petra, não há nada que o prepare para este local impressionante. É preciso ver para crer. 
Petra, maravilha do mundo, é, sem sombra de dúvida, o tesouro mais valioso da Jordânia e sua maior atração turística. É uma cidade vasta e singular, esculpida na própria face rochosa pelos Nabateus, um engenhoso povo árabe que aqui se fixou durante mais de 2000 anos e que a transformou num local importante para as rotas da seda, das especiarias e outras rotas comerciais que ligavam a China, a Índia e a Arábia do Sul ao Egipto, Síria, Grécia e Roma.


A entrada para a cidade é feita pelo "Siq", um estreito com mais de 1 quilometro de comprimento, ladeado por imponentes penedos com 80 metros de altura. Caminhar pelo Siq é, por si só, uma experiência única. As cores e as formações rochosas são impressionantes. À medida que nos aproximamos do fim do Siq, começamos a ver Al-Khazneh (O Tesouro). Foto: Patti Primeau
Esta é uma experiência que suscita admiração. Uma fachada imponente com 30 metros de largura e 43 de altura esculpida na própria face rochosa de um rosa poeirento e que faz com que tudo a seu lado pareça minúsculo. Foi esculpida em inícios do século primeiro para ser o túmulo de um importante rei nabateu e representa a genialidade deste povo ancestral.


O Tesouro é apenas uma das maravilhas que compõem Petra. Você vai precisar de, pelo menos, quatro ou cinco dias para explorar todo este local. À medida que entra no vale de Petra, vai ficar assombrado com a beleza natural deste local e com os notáveis feitos arquitectônicos. Há centenas de túmulos esculpidos na rocha com gravações intrincadas - ao contrário das casas que, em grande parte, foram arrasadas pelos terremotos, os túmulos foram esculpidos para durarem até a outra vida. Cerca de 500 resistiram, vazios, mas impressionantes quando vistos pelas suas escuras aberturas. Aqui há também uma imponente construção dos Nabateus, o Teatro Romano (**). Foto: Wikipedia
O Teatro romano tem 3000 lugares sentados. Há obeliscos, templos, altares para oferta de sacrifícios e ruas com colunatas e, lá no alto, sobranceiro ao vale, encontra-se o impressionante Mosteiro Ad-Deir. Para lá chegar, há uma escadaria com 800 degraus cortados na rocha. No local, há também dois excelentes museus: o Museu Arqueológico de Petra e o Museu Nabateu de Petra, ambos com achados das escavações na região de Petra e que dão a conhecer o passado vivo da cidade. Foto: Pan East

Foto: Journey To Middle Earth
Monastério Ad-Deir. Foto: Pan East

Um tempo do século XIII, mandado construir pelo sultão mameluco Al Nasir Mohammad para comemorar a morte de Aarão, irmão de Moisés, pode ser visitado no Monte Aarão na Cordilheira de Sharah.

No local, há vários artesãos da cidade de Wadi Musa e um acampamento beduíno nas proximidades com bancas montadas e a vender artesanato local, como por exemplo cerâmica e jóias beduínas e garrafas de areia multicolor e estriada, características da região.

Petra foi fundada por volta do século VI a.C. pelos árabes nabateus, tribo de nômades que se fixaram na zona e construíram um império comercial que ia até à Síria.

(**) Apesar das sucessivas tentativas do rei Antígono de Selêucia, do imperador romano Pompeu e de Herodes o Grande para controlarem Petra nos seus respectivos impérios, Petra ficou praticamente nas mãos dos nabateus até 100 d.C., quando os romanos a conquistaram. Ainda era habitada durante o período bizantino, quando o império romano passou para oriente, para Constantinopla, mas diminuiu de importância daí para a frente. 

Os Cruzados construíram lá um forte no século XII, mas em breve partiram, deixando Petra aos habitantes locais até inícios do século XIX, quando foi descoberta pelo explorador suíço, Johann Ludwig Burckhardt, em 1812.

O Parque Arqueológico de Petra (PAP) compreende uma área de 264 metros quadrados em Wadi Musa, considerado um local turístico e arqueológico e Patrimônio Mundial registado pela UNESCO, em 1985. A área tem uma paisagem de cortar a respiração com montanhas de tez rosa cujo ponto principal é a fantástica cidade nabateia de Petra, que foi esculpida na rocha há mais de 2000 anos.

Foto: Pan East
Foto: Pan East
Foto: Pan East
Curiosidades:
  • O edifício da Câmara do Tesouro, em Petra, foi utilizado como cenário no filme Indiana Jones e a Última Cruzada. O interior mostrado no filme não corresponde, no entanto, ao interior do dito edifício, tendo sido fabricado em estúdio.
  • O filme "Transformers 2" também teve cenas gravadas na cidade de Petra.
  • No filme "Mortal Kombat: A Aniquilição", Rayden entra para falar com os Deuses Antigos, onde foi também gravado na cidade de Petra.
  • Petra é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).
  • Peritos no domínio da hidráulica, os Nabateus dotaram a cidade de um enorme sistema de túneis e de câmaras de água. Um teatro, construído à imagem dos modelos greco-romanos, dispunha de capacidade para 3000 espectadores.
  • Tintim, herói do quadrinho belga, visita Petra no livro Coke en stock ("Carvão no Porão").
  • Em novembro de 2009, a cidade de Petra foi palco para a novela brasileira "Viver a Vida (telenovela)" de Manoel Carlos. Entre os destaques na cidade, foi realizado o Petra Fashion Days, desfile de moda a céu aberto em frente as ruinas da Câmara do Tesouro (Al Khazneh). Na verdade o desfile não foi realizado no local. A Rede Globo enviou junto com os atores, uma equipe que fotografou todo o cenário com técnicas de 3D. As imagens foram inseridas por computador, atrás do palco montado em estúdio para o desfile, que contou com as personagens Helena (Taís Araújo) e Luciana (Alinne Moraes).

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